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OS ROEDORES E OS PROBLEMAS QUE CAUSAM

No Brasil, são três as espécies de roedores urbanos mais facilmente encontrados:

  • Rattus norvegicus: ratazana, gabiru, rato pardo, rato de esgoto.
  • Rattus rattus: rato preto, rato de telhado, rato de navio, rato de forro, rato de paiol.
  • Mus musculus: camundongo, catita, rato de gaveta, ratinho, rato caseiro.

Na lavoura brasileira, as espécies de roedores silvestre que podem ser observadas são inúmeras, mas o que mais se destaca é a espécie Holochilus sp.

Os roedores têm sido indiscriminados pela disseminação e transmissão de várias doenças ao homem e aos animais, como a leptospirose, a raiva, a peste, o tifo murino, samas, micoses e outras.

Os roedores causam grande prejuízo à economia do homem, provocando severas perdas. Nas cidades provocam danos às estruturas e bens, roendo incessantemente para desgastar seus dentes incisivos, que são de crescimento contínuo. Frequentemente, provocam curto-circuitos ao roerem as capas de fios de eletricidade, ocasionando incêndios.

Na lavoura, procuram e ingerem sementes recém-plantadas, destroem cereais na espigagem e atacam alimentos armazenados.

Na pecuária, ingerem e contaminam o leite e seus derivados, disseminando agentes de diversas doenças. Também alimentam-se de ovos e da ração dos animais, além de destruir instalações. Há também, a inutilização de embalagens e de mercadorias por contato com a urina e excrementos.

Um rato gera cerca de 1500 descendentes, capazes de ingerir uma tonelada de trigo anualmente.

Convém lembrar que estes animais destroem mercadorias e alimentos em uma quantidade 5 a 10 vezes maior do que aquela que podem realmente consumir.

Comprovou-se através de pesquisas, que um só casal de ratos, vivendo em um celeiro, pode consumir aproximadamente 14 kg. de alimentos, apenas durante o outono e o invemo.

O mais grave, porém, é que, neste período de meio ano, aquele casal expele sob a forma de excrementos, mais ou menos 25 mil cápsulas (vestígios de fezes) e mais 5,5 litros de urina, além de perder milhões de pelos que contaminam os grãos e os alimentos.

Em geral, os ratos são portadores ou transmissores de pelo menos 10 graves enfermidades para os seres humanos. São elas: a peste bubônica, provocada pelo microorganismo Yersinía pestís; o tifo; a raiva; a leptospirose e outras moléstias ocasionadas por mordeduras, transmitidas pela urina e pelos excrementos, ou através de parasitos internos e extemos desses roedores.

Outro aspecto negativo reside na atração que estes animais exercem sobre cobras peçonhentas (venenosas), as quais os caçam para deles se alimentar. Esse fato permite concluir que quanto maior a população de ratos em um determinado local, tanto maiores são as possibilidades da presença de serpentes venenosas.

Mus musculus (Camundongos)

O camundongo ou catita ( Mus musculus ) é o menor dos roedores urbanos, mas pode ser encontrado frequentemente na zona rural, infestando geralmente o interior das residências e construções. Tem uma vida média em torno de um ano, mas já atinge a maturidade sexual aos 60 dias de vida. A fêmea acasala-se até 6 vezes ao ano, sempre com o mesmo macho, com quem forma um casal permanente.

A prenhez dura cerca de 19 dias e a prole (família) é sempre numerosa, girando em tomo de 6 filhotes. Devido ao seu pequeno porte, o camundongo procura habitar o interior da casa, onde faz seus ninhos no interior de gavetas, armários, motores elétricos, porões, dispensas, etc.

Raramente faz túneis e é um animal preferentemente de hábitos notumos. Vive em famílias constituídas do casal patemo e com família ainda jovem.

Rattus rattus (Rato de Telhado)

O rato preto ou rato de telhado (Raflus rattus) é um roedor de grande porte. O macho adulto chega a pesar 250 g e seu senso de equilíbrio é muito desenvolvido, permitindo que escale qualquer altura com facilidade.

Atinge a maturidade sexual com cerca de 85 dias de vida, vivendo em médias de vida, vivendo em média 1 ano e meio.

A fêmea entra no cio 6 vezes por ano e sua prenhez é de aproximadamente 21 dias, gerando até 8 filhotes por ninhado. O rato preto vive em bandos e prefere fazer ninhos longe do solo, geralmente no oco de árvores, no forro ou sótão das casas e em vãos de telhados e cumeeiras. Na zona rural também é chamado rato de paiol, por fazer seus ninhos ali com frequência.

Rattus norvegicus (Ratazana)

A ratazana ou gabiru (Railus norvegicus) é o roedor urbano de maior porte. O macho adulto dessa espécie pode atingir até 500 g de peso.

Atinge a maturidade sexual aos 3 meses de idade e vive, em média, 2 anos. A fêmea entra no cio 8 vezes ao ano e acasala-se indistintamente com diversos machos, parindo 22 dias após uma ninhada média de 8 a 12 filhotes. É o roedor mais agressivo entre todas as espécies. Prefere fazer seu habitat ao nível do solo, onde escava uma rede de túneis subterrâneos ligados entre si e dotados de várias aberturas ou tocas. E hábil nadador e pode permanecer submerso por até 3 minutos.

Nas cidades, garante sua subsistência através do lixo, habitando principalmente a rede de esgoto e os terrenos baldios. No campo, faz suas tocas sempre próximas às fontes de alimentos, como depósitos de ração, silos, paióis, etc.

Holochilus sp (Rato do Campo)

Os pequenos ratos do campo são de inúmeras espécies, predominando esta ou aquela de acordo com as regiões brasileiras.

Contudo, os mais comuns são o Holochilus sp e o Orizomys sp, embora o Mastomys sp seja também bastante encontrados. São roedores de pequeno porte: o macho adulto chega a 25 g.

Vivem em grupo familiares, geralmente instalados a uma boa distância de habitações humanas e preferentemente próximos às plantações de cereais. É comum, também, encontrá-los perto de bambuzais. Sua vida é curta, raramente chegando a 1 ano, mas a prole (família ) é numerosa, encontrando-se frequentemente ninhadas de 5 a 10 filhotes. Algumas espécies têm o pelame avermelhado, mas há outra cor de terra, chegando mesmo ao cinza-chumbo.

Quando não estão excessivamente concentrados, fazem parte de uma cadeia ecológica bastante estável, servindo de alimento preferencial a outras espécies predadoras, como cobras, aves de rapina e pequenos carnívoros.

A falta de seus predadores naturais ou o excesso de alimento desfaz esse equilíbrio e os pequenos roedores, aos milhares, são capazes de efetuar verdadeiras invasões devastadoras nas áreas agrícolas.

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